segunda-feira, 17 de novembro de 2014

O Homem invisível

Em uma rua qualquer de uma cidade qualquer diziam que vivia um velho homem. Ele possuía um incrível poder, não importa o que fazia sua presença não era sentida
e nem notada. Apenas alguns poucos privilegiados conseguiam percebe-lo, porém para isso tinham que pagar tributos e mesmo assim só por alguns segundos conseguiam compartilhar de sua presença. Com sua espetacular habilidade o velho saqueava raras iguarias não muito apreciadas por pessoas comuns e com seus
tributos conseguia se fartar de uma bebida forte que o deixava desorientado e anestesiado e assim seguia sua existência.

Ele enfrentava diversos inimigos e pestes que o atormentavam. Durante algum
tempo resistiu bravamente, contudo, seu espirito foi enfraquecendo e sucumbindo
frente a dura realidade de sua vida. O velho homem sentia que o inevitável
estava se aproximando, na espreita o observava, nas madrugadas frias sussurrava
em seu ouvido. Em um impulso desesperado tentou encontrar ajuda,
mas ele percebeu que por mais que tentasse ninguém o notava, seu poder era também sua maldição e logo o impulso passou como em varias outras ocasiões.

Certa noite, estava caindo uma terrível tempestade e o velho homem buscava abrigo
em uma fortaleza improvisada, nada confortável. A tempestade cessou e deu lugar
a uma madrugada muito gelada e sombria. Então velho homem notou que algo
se aproximava nas sombras, uma sensação terrível tomou conta do seu ser, um medo que nunca havia sentido. O medo foi crescendo e se aliou ao pânico todo o seu corpo tremia, mal conseguia respirar ou pensar. Foi quando tudo mudou e todos os seus males terminaram. E assim o velho homem invisível encontrou seu fim nas mãos de um inimigo que ameaça e assola todo o nosso mundo, a indiferença.

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Fangorn

Perdido em terras distantes ele vaga, não sabe o que pode encontrar pelo caminho, porém ele esta indiferente, as coisas não estão fazendo muito sentido. Seguindo por uma trilha estreita e nada confiável seu destino não esta claro. Ele procura algo, algo valioso, extremamente frágil e raro, como uma lembrança a muito esquecida em meio a um denso nevoeiro. Somente ele pode encontrar o que busca e o caminho de volta. Contudo uma estranha sensação toma conta de seu ser, sufocando seus sentidos, demônios familiares o assombram e não querem ser subjugados, diante de tal situação tudo parece escuro e frio. Tomara que ele encontre uma casa amiga adiante onde possa renovar seu ânimo e suas forças e que ele perceba que longa e árdua é a passagem que conduz ao que tanto busca. Em terras distantes ele permanece.